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sábado, 23 de maio de 2009

Total

Se tens que ir
Lamento
Não por mim
Também não por ti
Lamento pelo mundo
Que mais uma vez perdeu
Para sempre no agora
A chance de ser total.
(J.F. Weber)

quinta-feira, 21 de maio de 2009

PROGRAMAÇÃO

NA SALA DE PROJEÇÕES DO LABTED
(TERCEIRO ANDAR DO CCH - VIZINHA A VIDEOTECA DA UEL)

19:00 HORAS

- 22/05/2009 - O espelho de Andrei Tarkovsky (1974, 105 min.)

- 29/05/2009 - Sombras de John Cassavetes (1959, 83 min.)

- 05/06/2009 - Uma simples formalidade de Giuseppe Tornatore (1994, 107 min.)

terça-feira, 12 de maio de 2009

É possível dizer pela lente cinematográfica?

É possível se reconhecer na projeção fílmica?

É possível se apaixonar por esse amálgama de cores, sons, danças e dizeres?

- Não responda ainda, busque essa resposta, outras mais e mais questões conosco:

Cinema Paradiso (1988)
Dir: Giuseppe Tornatore
Sexta-feira, dia 15 de maio, às 19:00hs (sete horas da noite)
Na Sala de Projeção no Terceiro Piso do CCH - Centro de Ciências Humanas

domingo, 10 de maio de 2009

Histórico de um espaço fugidio

Clique no link para ver um vídeo da A-hora-mágica produções:

http://www.youtube.com/watch?v=7jagkZVHKbM

quarta-feira, 6 de maio de 2009

O inquilino (Roman Polanski, 1976, 125 min.)

DIA 08/05 - 19 HORAS.
NO LABTED - UEL.

Crônica horamagiquenha

Voltava para casa pelo calçadão de Londrina entre as merdas de pombas e as sombras de árvores aparentemente inúteis num dia que já era noite. No meio do caminho havia ahoramagiquenhos, havia pessoas e elas sorriam, elas caminhavam, elas procuravam, elas fizeram um convite. Não se dispensa convites porque são necessários num dia cinza, porque são portas abertas num tempo de trincheiras. Mas como se chega lá? Perguntei. Ah - eles responderam - você pode ser o câmera-men, o cabo-men, o assistente do câmera-men, o cara da lona, da lama, do barro, da argila. Conclui: eu podia ser qualquer coisa. Não era só um convite, era um sonho, um dos mais lúcidos que já tive. Entre a fome que apertava a barriga e o encanto de viver um sonho encontrei a porta do Ouro Verde. Entrei com o All Star acima do meu número, entrei incabível assim. Entrei como quem aprende que as dimensões da visão são tão cada vez mais largas. Vi um filosofo, um camaleão, cinéfilos que se tornaram faxineiros de plantão, bebedores da vida e cultivadores da vontade de viver, cada vez mais embriagados pela vida. Atirados no palco do Ouro Verde, os seus olhos brotaram em suas peles, em suas lamas, entre uma piscada e outra enxergaram uma luz que florescia:
- O importante é o que eu não disse!!!
Ali, na pia do banheiro do Ouro Verde, com toalhas de papel na mão e torneiras que pareciam mais sujas a cada constatação, enquanto Vavá (e precisava ser ele) tentava alcançar, pelo menos, um jeito de escoar a água, a lama na água, com um rodo pequeno para os seus braços e o meia-armador Don Mioto editava um novo banheiro: impecável, impecável, percebi que preciso abolir da minha boca, da minha carne, da minha alma palavras como "tudo", "nunca" e "jamais". Bem ali quando o ponta direito Peter Ronieson deixou alguma dúzia de seguranças de bunda no chão e me cruzou a saída, o desfecho, o desenlace, a nova trama.
"Corajoso" nos disse a nova musa, a outra musa de seus cabelos longos, seu sorriso lilás. Corajosos nem precisava dizer, há tanto para se sentir e não é que falte palavras para dizer, mas é como disse aquela revelação antológica da poesia sueca: Entre as páginas que li e as que escrevi prefiro as que Vivi! A vida nos pega assim distraídos, ora cabisbaixos, ora espontaneamente felizes, alguém nos diz no meio da tempestade:
- Segura o leme! Segura o leme! Você consegue!!
AO SOM DE THE QUINTET: Charlie Parker, Dizzie Gillespie, Charles Mingus, Bud Powell e Max Roach. Eles entendem! Eles entendem!

rodrigo