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Retalhos do chão, do corpo e do céu (doc., 2013)


FILME NA ÍNTEGRA, ASSISTA NO LINK ABAIXO (disponível em full HD):



SOBRE O FILME:


A obra cinematográfica é um "documentário poético" que tem como matéria prima e inspiração a cultura popular de Londrina e sua vida cotidiana, focando em vários momentos nos saberes e vivências dos "mestres" da cultura popular que vivem na cidade.
O filme é um dos resultados do projeto “Roda Memória: cinema e memória da cultura popular em Londrina”, desenvolvido durante o ano de 2012 e finalizado neste ano e traz a direção de Luis Henrique Mioto e Rodrigo Prado Evangelista, sendo a equipe de produção formada pelos participantes do Curso ofertado no projeto (confira a ficha técnica completa abaixo) .


O documentário tem como elenco personagens como Mestre Garbosi (mestre de Folia de Reis), Messias Bezerra (antigo personagem do calção da cidade, onde trabalha com fotografia "lambe-lambe" há 50 anos), Egydio da Silva (senhor que conta várias histórias do universo caipira, tocando sua sanfona), Yá Mukumby (Dona Vilma, liderança da cultura negra, mãe de santo, cantora de samba de roda e detentora de profundo saber tradicional, o Mestre Vande de capoeira, Édio Elias Gonçalves (professor de hip-hop), o Violeiro João (que há muitos anos canta com seu violão nas feiras da cidade), Roque Livreiro (mestre da literatura de cordel e das palavras), entre outras pessoas que compõem a cultura popular do município em seu cotidiano, mostrando o enredamento das várias culturas que se encontram e se mesclaram e que deram origem a cultura de Londrina, como em uma colcha de retalhos. 

Sinopse

    "Retalhos do chão, do corpo e do céu" não é um filme que chegou a este mundo para explicar o que é "cultura popular", mas tem ela como matéria prima. Como um menino que se perde do seu caminho ao ser envolvido pelo canto da sereia ou encontra um novo destino para sua trajetória, este filme é um ensaio poético que nasceu de uma dança - ou várias - nos caminhos da cultura popular presentes e pulsantes em vários cantos do cotidiano da cidade de Londrina-PR, mas... poderia ser em tantas cidades quanto for possível imaginar... Em cada andança – peregrinação do olho mágico – o constante desafio do pulo do gato, de saber entrar, de saber sair. É uma história contada, é memória em retalhos, se enroscado, se tecendo, para além da página do livro, que tá no compasso do coração, no suor que escorre, na sola do pé e na palma da mão. (60 min., 2013)


FICHA TÉCNICA

Direção e edição
Luis Henrique Mioto
Rodrigo Prado Evangelista

Coordenação de Produção
Lis Sayuri Elias Hashimoto

Coordenação da arte gráfica e divulgação
Jordana Marra Nascimento
Hígor Mejïa

Participantes do projeto /  Equipe técnica do filme
Ana Cláudia Freitas Pantoja
Bruno Barbosa
Fagner Bruno
Heron Heloy
Jhones Lourenço da Silva
Laiane Alves
Loren Marie Vituri Berbet
Natália Bispo de Beija Gossler
Renaildo de Jesus Libanio
Renato Bradbury de Oliveira
Ricardo Luiz de Souza
Sérgio Kazuyoshi Fuji
Thais Batista
Thâmara Batista
Patrícia Gonzaga

Oficineiros do curso
Luis Henrique Mioto
Rodrigo Prado Evangelista
Natália Turini
Túlio Frigeri
Edilene Leite da Silva
Biu.Antonio

Elenco
Francisco Garbosi
Messias Bezerra
Egydio da Silva
Yá Mukumby (Vilma Santos Oliveira)
Vanderley Pires (Mestre Vandi)
Édio Elias Gonçalves
 João Teixeira Batista
Roque Magno Santos (Roque Livreiro)
e demais agentes da cultura popular da cidade.

Narração
Egydio da Silva (narrador)
Luis Henrique Mioto (texto do narrador)

Desenho detalhe do encarte
Luiz Gustavo Schulze


Assessoria de Imprensa
Juliana Franco

Coordenação do projeto
Cineclube Ahoramágica:
Luis Henrique Mioto
Rodrigo Prado Evangelista
Lis Sayuri Elias Hashimoto
Hígor Mejïa
Jordana Marra Nascimento
AlmA:
Marcele Rodrigues
Juliana Franco
                                                                  

  Segue abaixo, algumas informações sobre o filme "Retalhos do chão, do corpo e do céu" e, logo em seguida, um texto detalhando como foi o processo do projeto de sua realização ao longo de 2012 e 2013.

                                                                                "[...] não é pra corpo e mão pesada como a nossa não, é pra quando a gente for leve, pros mistérios..., pra quando a gente não tiver mais mentira. Será que um dia a gente aprende a ser tão imenso?" (Narrador)


Apresentamos aqui a chamada do documentário 
"Retalhos do chão, do corpo e do céu".



CARTAZ:





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MAIS SOBRE O PROJETO:


        Durante o ano de 2012  e 2013, o cineclube Ahoramágica em parceria com a AlmA-Associação Intercultural de Projetos Sociais - com patrocínio da Prefeitura Municipal de Londrina (PROMIC) e Ministério da Cultura por meio dos Prêmios "Ponto de Memória" (IBRAM) e "Ponto de Mídia Livre" e do apoio do programa Cine+Cultura - realizou o projeto Roda Memória (projeto que desenvolve desde 2008 atividades de apresentação da linguagem audiovisual a comunidade e confecções de documentários), tendo como temática do ano de 2012-2013 a cultura popular da cidade de Londrina, que resultou da realização do documentário longa metragem "Retalhos do chão, do corpo e do céu". 

        "Retalhos..." é um criação coletiva saída do grupo que resultou do projeto, publicamos aqui algumas fotos do processo de confecção da equipe e do processo de filmagens (para melhor visualização, clique na imagem).      


equipe nas filmagens







oficina de iluminação com Túlio Frigeri




oficina de maquiagem, com Garota Razel



oficina de produção, com Antonio Biu


oficina de fotografia, com Natalia Turini



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Ao longo do desenvolvimento do "Curso de criação cinematográfica" que resultaria no documentário "Retalhos do chão, do corpo e do céu" foram publicados aqui no blog da Ahoramágica diários sobre os encontros do grupo que ia se tecendo... em processo... segue os textos...

Dia 12 de outubro de 2012

O projeto acaba de entrar em sua fase de roteirização, semana vem já filmaremos nossas primeiras cenas junto ao grupo... indo em direção a cultura cotidiana e popular da cidade de Londrina...



Diário do encontro do projeto Roda Memória do dia 23 de julho de 2012, por Heron Heloy*. 

A poesia fotográfica

Nosso encontro desta semana contou com a presença da fotógrafa e artista visual Natalia Turini, que ministrou a oficina ‘Fotografia: Território de Afetos’.
Além da produção ‘O que as brumas escondem’, da autoria de Natália, foram exibidos também os vídeos ‘TEDx Amazônia – Alexandre Sequeira reencontra o sentido na fotografia’ e ‘É fotografia’, da expedição Coração do Brasil do fotógrafo nascido em Portugal, Orlando Azevedo.
No geral, o tema mais debatido foi o da poesia do olhar fotográfico. Como diz Orlando Azevedo: “É a fotografia se oferecer, me beijar e me abraçar’. Azevedo vivenciou isso com a exposição ‘Coração do Brasil’, na qual percorreu 70 mil km de jipe por nosso país, documentando o patrimônio humano e cultural do Brasil dentro de três temas: Homem, Mito e Terra. Segundo ele, "é impossível separar fotografia, poesia e música."
Alexandre Serqueira é outro exemplo do ‘vivenciar’ a fotografia. Ele fotografou pessoas de Nazaré do Mocajuba e posteriormente, transformou este trabalho de retratos numa exposição com impressão da imagem das pessoas em tamanho real no tecido com o qual as mesmas mais se identificavam. Ele relata histórias interessantes, como quando media a altura das pessoas pelo abraço que dava nelas e de uma senhora que, ao se ver retratada, disse que não imaginava ser tão parecida com sua cortina. Este trabalho de Serqueira resume um de seus pensamentos de estar "muito mais interessado em pessoas do que em fotografias."
Pensando em trabalhar este olhar, no próximo encontro sairemos para capturar algumas imagens. Para tal, é necessário que tragamos nossas câmeras fotográficas e sejamos pontuais!
Para fechar, mais uma frase de Orlando Azevedo para reflexão: “A sintonia tem que virar uma grande sintonia.”


Diário do encontro do projeto Roda Memória do dia 09 de julho de 2012, por Heron Heloy*. 


O que é um Mestre? E um Mestre da Cultura Popular?

A noção que trazemos da escola, da universidade é a de que Mestre é aquele que nos ensina e passa algo que levaremos como base para alguns aspectos da vida. Tendo em vista os referenciais que foram levantados no encontro da turma da manhã da última segunda (09/07), ao sermos indagados se conhecíamos um ‘Mestre’ – de fato, ficou ainda mais clara essa percepção de nossa parte. Os Mestres citados, seja a professora de ginástica da Thâmara ou a de canto do Bruno e da Thaís, são pessoas que, de algum modo, nos transmitem conhecimento e fundamentos que iremos levar para a vida.
E como alguém se torna um Mestre?
Mais importante que ter um diploma num quadro na parede é ser aceito pelos seus discípulos como alguém que tem algo a ensinar. Ao contrário do meio acadêmico, no qual um Mestrado lhe vale esse título, para a Cultura Popular o conceito é outro, podendo – por que não – abarcar alguém com grande estudo científico na área, mas tendo espaço maior para pessoas da comunidade; como Didi, no futebol, ou Mestre Pastinha, na capoeira.
Além de ter algo a passar, a sabedoria do Mestre reside também em sua humildade. Saber que há algo muito maior do que você torna perfeita a comunhão de quem irá ensinar com o ensinamento. Prova disso é ouvir Mestre João Grande (discípulo de Mestre Pastinha) falando que aprende a todo dia com a capoeira. No caso do futebol temos Didi, bicampeão do mundo em 1958/1962 pela Seleção Brasileira, criador do chute folha-seca e Mestre de Pelé. Didi não está entre os melhores da seleção da FIFA de todos os tempos, mas nem por isso os jogadores o deixam de considerar um dos grandes da história.
Em outras palavras, pode-se dizer que não se trata de ter um papel, uma faixa ou cordão que afirme que o Mestre é Mestre. Não. O verdadeiro Mestre se torna referência na sua área e, consequentemente, para a vida dos que também perceberem o valor do “algo além” que o Mestre representa e desenvolve.
E mais, o Mestre sabe da importância da autonomia – necessária – do discípulo. Necessária porque o “além” que o Mestre representa precisa ser sempre ampliado e aprofundado e para isso é preciso que sujeitos autônomos descubram seu caminho dentro deste “além”, e o Mestre sabe dessa importância para o próprio fortalecimento da cultura que estão envolvidos ele e o discípulo.

"Não procure seguir as pegadas dos mestres; procure o que eles procuraram." - Provérbio Zen.



Diário do encontro do projeto Roda Memória do dia 18 de junho de 2012, por Heron Heloy*. 

A tal da cultura popular

Qual a diferença entre um Gilberto Gil e um Neymar? Ambos não deixaram (ou deixam) marcas nas pessoas que os admiram? E por que um é tido como pensador de nossa "cultura popular" e o outro é visto como um talento içado à categoria de produto do mercado? Estão, ambos, trazendo elementos da "cultura popular" brasileira?
De acordo com o texto de Roger Chatier, ‘Cultura Popular: revisitando um conceito historiográfico’ compreender a "cultura popular" significa situar num espaço de enfrentamentos as relações que unem dois conjuntos de dispositivos: de um lado, os mecanismos de dominação simbólica que tem por objetivo tornar aceitável pelos ‘dominados’ os modos de consumo que qualificam sua própria cultura como inferior e ilegítima. E de outro, as lógicas específicas em funcionamento nos usos e modos de apropriação do que é imposto.
Foi levantada a ideia de que ‘nem todo ecletismo é sábio’ em contraponto à uma das principais ideias trabalhadas na manhã que foi o fato de que – se não analisarmos o que não gostamos, não nos entenderemos. De fato, muitas vezes inferiorizamos dada música só porque esta virou hit ou coisa que o valha. Se pararmos para refletir, há um motivo para Michel Teló ter feito sucesso não só no Brasil, como fora do país.
O sertanejo universitário, em especial, usa uma fórmula que vem dando certo em seus lançamentos, contrata excelentes músicos para fazer o instrumental das canções e une a isso letras de fácil assimilação e que mexem com o imaginário de seu público-alvo (pegação, cerveja, carros etc). Percebe-se claramente que é um produto, algo feito para ser consumido. Porém, não seria um Elvis Presley outro produto de mídia? E por que um é aceito como ícone pop e o outro é ‘rejeitado’ pela ‘elite intelectual’? O que diferencia um do outro? E não será o sertanejo universitário e outros gêneros bem vendidos hoje aceitos daqui a algumas décadas?
“O popular não está contido em conjuntos de elementos que bastaria identificar, repertoriar e descrever. Ele qualifica, antes de mais nada, um tipo de relação, um modo de utilizar objetos ou normas que circulam na sociedade, mas que são recebidos, compreendidos e manipulados de diversas maneiras.” (Chatier)
Enfim, pontos levantados que nos levam à reflexão: Afinal, o que é a "cultura popular"? A discussão prossegue no próximo encontro.

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Diário do encontro do projeto Roda Memória do dia 11 de junho de 2012, por Heron Heloy*. 


"A simplicidade de um HAIKAI." 
Que tipo de sensibilização iremos causar? Ficção ou documentário? Há como prever o primeiro? Há como diferenciar as opções do segundo?
Questões discutidas em nosso encontro desta segunda-feira (11/06) e que servem como ponto-de-partida para a nossa produção sobre os Mestres da Cultura Popular em Londrina. O texto “Cinema – verdade sensibilizada” de Luis Mioto foi lido e discutido, intercalado de trechos do filme ‘Valsa com Bashir’ (Ari Folman), filme que trata da invasão israelense no Líbano durante a década de 80 e ‘Baraka’ (Ron Fricke), documentário (ou não?) sobre a agitada vida e rotina dos seres humanos, por meio da captação e aceleração de cenas do cotidiano da cidade. A questão que ficou é: essas produções são documentários ou ficções? É possível fazer essa divisão? Até que ponto um depoimento em um documentário também não é uma atuação, posto que ela agiria de outra forma na não-presença da câmera?
Fica o seguinte trecho do texto para pensarmos:
"[...] uma ficção altamente fabulesca, por exemplo, pode favorecer emergir mais descobertas verdadeiras internas a quem vislumbra e pode fazer ampliar os limites de realidade, por vezes, mais do que uma ficção realista ou até um documentário que se pretende objetivo."
Outro tema discutido em nosso encontro foi o HAIKAI. Pra quem não conhece, trata-se de uma poesia clássica japonesa que preza pela sensibilidade de um instante, um detalhe que às vezes pode passar despercebido por muitos, mas que também tem sua beleza particular, muitas vezes escondida de nosso olhar apressado do dia-a-dia.
mira o mínimo 
e encontra
 o imenso
O Haikai às vezes vem um estado de percepção instigado por uma coisa do mundo, uma gota d’água, algo materialmente mínimo, mas que fomenta uma sensação.
Então, pensando nesse ‘sensibilizar’ que o HAIKAI nos propõe, para nosso próximo encontro é pedido que se traga um recorte desses momentos singelos-belos - de nossa vida. Pode ser uma filmagem, fotografia, desenho ou mesmo um texto, (coisa curta – um momento apenas) desde que se recolha um destes elementos sensibilizadores (como o sorriso de uma criança) e transporte-o à uma linguagem. Os vídeos, fotos, desenhos ou textos serão exibidos daqui a duas semanas, em nosso encontro de segunda-feira. Para tal, chegaremos um pouco mais cedo, às 9 e meia da manhã aqui na Vila!
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Diário do encontro do projeto Roda Memória do dia 28 de maio de 2012, por Heron Heloy*.

‘Notar no mundo coisas que despertam o sentimento.’
Talvez esta frase possa resumir bem o tema trabalhado na reunião do grupo na última segunda-feira.  A capacidade de sensibilizar através de coisas do cotidiano é fator importante dentro da criação artística.
Para fomentar a discussão, foram exibidos dois mini-filmes e uma cena de “A infância de Ivan” (1962), do cineasta russo Andrei Tarkovsky, conhecido pelas cenas com goteiras d’água. A cena demonstra bem o jogo de imagens que leva o espectador a uma verdadeira viagem pelo sonho do menino.
Já em “A beleza oculta da polinização”, Louie Schwartzberg mostra um outro lado do cinema, mais político. O diretor sensibilizou-se ao ver que certa espécie de abelhas estava entrando em extinção e usou a ‘arma’ que tinha em mãos – o cinema – para tentar tocar as pessoas em relação à causa.
Outro filme destacado foi “Você está aqui - O Pálido Ponto Azul”, de Carl Sagan, no qual somos direcionados a pensar na dimensão de nós como seres humanos em relação ao universo que nos cerca. Isso a partir de um jogo de imagens e cenas clássicas da história da humanidade, aliado a uma trilha sonora angustiante e uma narração em off forte.
Em relação a textos, foram lidos e debatidos “Cinema Borná” e “Cinema Velho Sábio”, ambos do diretor Luis Henrique Mioto. Os dois tocam na questão do papel de quem faz cinema de tentar sensibilizar quem assistirá a obra pronta. Pra fechar, é preciso ter em mente:
“O fazedor de filmes compõe estes disparadores de sensações [...] Ser um fazedor de filmes é uma forma de entrar no mundo, de prestar atenção.” (trecho do texto "Cinema Borná")
Quando estiver no ônibus vindo para cá, repare no vira-lata que cruza o caminho.

*Heron Heloy é estagiário do Núcleo de Comunicação Popular e Comunitária da Alma e participante do Curso gratuito de criação cinematográfica do projeto Roda Memória. Ele, semanalmente, trará aqui no blog um diário de como foi cada encontro do projeto.

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Apresentamos aqui o material de divulgação (veiculado nas mídias no início de 2012) de chamada para o "Curso de criação cinematográfica" que resultaria na equipe que confeccionou o documentário "Retalhos do chão, do corpo e do céu"...

Projeto Roda Memória e o cineclube Ahoramágica apresentam

Curso gratuito de criação cinematográfica
O curso se desenvolverá a partir do objetivo de realizar um documentário sobre os “mestres da cultura popular”, temática que percorrerá os debates além dos  conceitos e técnicas de confecção Audiovisual.


Inscrições encerradas.
Início 21 de maio de 2012 (duração 8 meses).
Toda segunda-feira. Duas turmas: manhã (das 10 às 12h) ou tarde (das 15 as 17h).
Gratuita e com auxílio transporte para os participantes.
Local: Vila Cultural AlmA Brasil (Rua Mar del Plata, 93 – Vila Brasil)




+ informações
(43) 3326-2672
(43) 8413-6960
www.ahoramagica.blogspot.com


 
 ***

O QUE FOI TRABALHADO NO CURSO DE CINEMA:

1º encontro: O que é cinema; os gêneros cinematográficos; os discursos imagéticos; a captura do real;
2º encontro: A história do cinema e o documentário; a importância política e sensibilizadora do cinema.
3º encontro: Discussão conceitual da temática do documentário: a cultura popular e os mestres.
4º encontro (participação de oficineiro convidado): Fotografia – teoria.
5º encontro: Fotografia – prática.
6º encontro: Fotografia no cinema - filtros; movimentação da câmera; criação de seqüencias.
7º encontro (participação de oficineiro convidado): Iluminação cinematográfica.
8º encontro: Prática de iluminação em simulação de set de filmagens.
9º encontro: Noções de figurino e maquiagem; cenografia.
10º encontro: Captação de áudio.
11º encontro: Trilha sonora.
12º encontro (participação de oficineiro convidado): Mundo da produção e distribuição cinematográfica.
13º encontro: Noções básicas de edição de vídeo: formatos de vídeo; conversores; direitos autorais; cortes; transições; noção básica do programa de edição Windows Movie Maker e Sony Vegas.
14º encontro: Diferentes funções numa equipe cinematográfica.
15º encontro: Estrutura de um roteiro; formação da equipe de filmagem.
16º encontro: Finalização do roteiro de filmagens.
Do 17º ao 20º encontro o espaço estaria aberto para demandas não aqui previstas como por exemplo, esclarecimento de dúvidas dos oficinandos tanto sobre os aspectos teóricos-práticos vinculados diretamente a produção cinematográfica, como também a respeito das temática-memória-cultura popular e mestres da cultura popular, etc.

Após estes encontros, o objetivo é confeccionar uma equipe técnica junto aos participante do Curso para a confecção coletiva de um documentário longa-metragem sobre a temática do "mestres da cultura popular da cidade de Londrina" que seria editado e finalizado em dezembro de 2012, tendo a sua estréia sido organizada em colaboração com a própria equipe realizadora do documentário. 
Tal Curso e tal Documentário se configurariam como experiência marcante, tanto no sentido da complexificação da sensibilidade artística como num nível do olhar crítico para os participantes de seu processo de realização, bem como buscará valorizar e divulgar a sabedoria popular tão profunda e importante de uma maneira, mais do que documental, poética. O curso e realização do documentário trariam em seu centro a própria discussão do conceito de “mestre”, fazendo uma reavaliação ativa e crítica do conceito. No momento, por “mestres da cultura popular” estamos compreendendo os importantes e sábios conhecedores e fazedores de conhecimentos tradicionais ligados organicamente à vida das comunidades que os rodeiam, sendo buscados como núcleo de sapiencia e memória pela comunidade e reconhecido como tal (atuando como “curandeiros”, ou “parteiras”, “cancioneiros”, “poetas”, “mestres de capoeira”, “mestres de festejos populares”, “mãe ou pai-de-santo”, “pajés”, entre outros ramos da cultura popular). Estes nomes citados como exemplos dão uma idéia da amplitude dos campos culturais que tal projeto proposto abarcaria, se mesclaria e buscaria – no momento, tão urgentemente necessário – valorizar. 


CARTAZ DIVULGADOR DO CURSO:
 

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