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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

PRÓXIMA EXIBIÇÃO!

Neste Domingo, 31 de outubro...

Ahoramágica convida para:

Memória do Cangaço (1964) de Paulo Gil Soares - 16:00hs

"Mais um curta do Projeto Thomas Farkas sobre a Cultura Popular Brasileira. Recortes do Brasil, memória edificada, elaborada, que não é mero reflexo, nem só reflexão. Ora desconstrução, ora poetização de um país que seja lampejo a nos adentrar, se é assim ou não cabe a cada um de nós saber"



Salve o Cinema (1995) de Mohsen Makhmalbaf - 17:00hs


"O que nos importa o que seja o cinema? Em que veia, em que víscera, em que caraminhola nos sentimos fisgados? Seduzidos, interpelados por linhas de fuga cotidianas poéticas-imagéticas-sonoras, será um meio de buscar vida na bruta vida, vida bruta?"



Lá, na Vila Cultural Brasil, 1 6 5 6,

Esquina da Venezuela com a Uruguai

sábado, 16 de outubro de 2010

cinema-seta

Mas andaram dizendo que um certo famoso cineasta e critico de cinema – do qual não citarei o nome porque ainda nem vi, nem li livros inteiros dele, apenas retalhos, e não quero propagar estigmatizações ou rótulos – abominava a utilização de música não diegética no cinema. Segundo o crítico, a música “[...] isola seu filme da vida de seu filme (deleite musical). Ela é uma possante modificadora e até destruidora do real, como álcool ou droga”. Andam dizendo, inclusive, que isso são palavras dele, não o conheço, mas o assunto aqui não julgar o crítico, mas disparar um campo temático.
Posso citar aqui duas formas de se compreender os efeitos do uso de drogas, uma delas apontando-as como “embaçadora” da realidade, como folhagens que impedem de ver o quintal do vizinho, um cisco no olho, um vapor na vidraça, as drogas como impeditivos, como afastamento do contato com o real, o real que já estávamos tão próximos e que com as drogas nos distanciamos e ficamos perto de uma “alucinação”. Drogas como “alucinógeno”, como “destruidora do real”. É neste modelo “alucinógeno” das drogas que esse famoso crítico se serve pra fazer a crítica ao som não diegético, como se este fosse um embrolho, um alucinógeno, um embaçador. Montando o filme brincando apenas com os diegéticos, numa sinfonia de ruídos realistas, acessaríamos mais o real, não acrescentaríamos cores artificiais em sua constituição, manteríamos o olhar atento no maravilhamento de um real presente e que deve ser exaltado como tal, cinematografando assim... sem arestas e embaçadores, focando os detalhes do real (sem floreamento) prestaríamos mais atenção e nos encantaríamos com a peculiaridade e poesia que o mundo cada vez mais nos revelaria.
Mas tem o modelo de compreensão dos efeitos das drogas como abridoras de níveis diferenciados de realidades, níveis aqui presentes, mas em outro tom de sutilidade. Como para os ancestrais, as drogas não são drogas, são portas de acesso para sentirmos planos em que sempre estivemos emergidos, mas que nunca nos demos conta, como se estivéssemos dormindo. Chamar tais “portas” de “alucinógenos” seria fugir, por preguiça ou medo, do encontro com estes níveis e é compreensível a fuga, pois tais novas aberturas balanceia toda a estrutura racionalmente conhecida e familiar, daí se proteger chamando o novo mundo que se apresenta de “alucinação”, um momento de auto-engano do já conhecido. Mas temos que sair da casinha para conhecer, dizem os ancestrais.
Como ficaria, assim, um cinema-portas, entendendo tais recursos não como alucinações ou destruições do real, mas como dedos apontadores de um mundo imensamente mágico? Cheio de gigantescos planos mais sutis, que o cinema, com seus recursos e palavras-mágicas, podem colaborar ao nosso acesso, como um nativo dos novos mundos que se quer visitar e que nos abre os caminhos, apresentando seus percalços, suas durezas, suas cachoeiras e horizontes, suas florestas densas, nos acolhendo, sempre desconfiado e nos recepcionando, nos anunciando aos moradores e protetores destes novos campos que acessamos? Um cinema-aldeão, um cinema desentupidor de armadilhas? Desatador de nós?
O som não diegético entra mesmo como um estranho naquilo que é conhecido e reconhecível. Recria ativamente o ambiente da cena vislumbrada, isso através de uma montagem de um feiticeiro que recolhe símbolos (imagens e sons) que estavam cada um em sua dispersão e os aglutina numa poção mágica (cena) que explodirá no caldeirão, uma poção singular, inédita, estranha, desequilibradora daquilo que está. Faz tremer, pois revela que as combinações são infinitas e que o infinito então existe e que o potencial de criação é muito maior, sempre maior.
Uma combinação não diégetica pode tocar em níveis irreconhecíveis, nada familiares de bate-e-pronto, atinge então aquilo que estava desprevenido, sem guardas, chega como um estrangeiro e toca nos níveis não endurecidos e contamina, amolece as couraças.
Por fim, o cinema nunca irá filmar o real. Nem venha com essa de limitar os artificialismos da montagem cinematográfica! Pensando que assim há mais possibilidades de captura do real! O cinema cria símbolos, mescla-os, amplia o leque de símbolos no mundo para que possamos, lendo-os, nos aproximar cada vez mais de nossa verdade mais profunda. O que ainda digo é que tais símbolos no cinema são extremamente gritantes aos nosso ouvidos entupidos, sua carga destravante pulsa alto naqueles filmes imensamente sensibilizados. O cinema não deve ficar procurando filmar o real, mas assumir seu destino e potência de seta para o invisível, de placa indicativa do caminho para o imenso nada.
Vila Cultural BRASIL e Ahoramágica, apresentam:



“O samba bom começa agora
- O samba bom começa agora
Valha-me Deus e Nossa Senhora
- Valha-me Deus e Nossa Senhora...”

Domingo dia 17 é dia de Samba da Vila! Um evento para celebrar a cultura popular com muita música, danças, culinária, cinema e artesanato.

Um dos objetivos do Samba da Vila é reunir tocadores e cantadores de samba num encontro descontraído entre amigos. Vilma Santos, a Yá Mukumby, um dos nomes mais importantes em Londrina quando o assunto é cultura popular e movimento negro, comandará o samba de roda. Tião Carvalho, maranhense, mestre de bumba meu boi e referência em cultura popular, juntamente com o sambista Braguinha e outros amigos ilustres é esperado enquanto convidados especiais para abrilhantar ainda mais a festa.
Na parte culinária do evento, o caldinho de peixe é a atração principal, preparado a partir de temperos da culinária baiana, será servido acompanhado de pimenta, farinha e rodelas de pão integral caseiro, também disponível em outros formatos para venda.
A programação começa às 16h com sessão de cinema do Cineclube Ahoramágica exibindo seis curtas-metragens sobre samba e sambistas que fizeram e ainda fazem história. Na seqüência o Bumba Meu Boi "Estrela da Vila" e para finalizar o samba de roda.

A entrada é franca!

A Vila Cultural Brasil é um projeto patrocinado pelo PROMIC (Programa Municipal de Incentivo à Cultura).


Mais informações: 3324-8056 / 9924-3593 / falecombrasil@hotmail.com

Local: Vila Cultural Brasil (Rua Uruguai, 1656 - Vila Brasil)

PROGRAMAÇÃO AHORAMÁGICA NO SAMBA!!!!!!!!

16H – CURTAS-METRAGENS: SOBRE O SAMBA:
"Jackson do Pandeiro" (Rosa Magalhães, 2007)
“Partido Alto” (Leon Hirszman, 1976)
"João Nogueira: Carioca suburbano, mulato e malandro" (Jom Tob Azulay, 1979)
"Nelson Cavaquinho" (Leon Hirszman, 1969)
"A cuíca" (Sergio Muniz, 1978 – projeto Thomaz Farkas)
"Nossa escola de samba - Vila Isabel" (Manuel Horácio Gimenez, 1965 – projeto Thomaz Farkas)

17h30 – BUMBA MEU BOI - "Estrela da Vila"
19h30 – SAMBA DE RODA – com Vilma Santos e convidados

segunda-feira, 4 de outubro de 2010



FLYER OFICINA DE CINEMA AHORAMÁGICA

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Curso básico de produção cinematográfica

Curso básico de produção cinematográfica - Ahoramágica
de 18 a 22 de outubro - na Vila Cultural Brasil.


O curso tem o intuito de introduzir a linguagem cinematográfica e o mundo que cerca tal linguagem aos jovens, procurando fortalecer as formas de expressão, criação e discussão das realidades em que tais jovens se mesclam. Para tanto, apresenta-se um contato com os conceitos do mundo do cinema, sua estética e suas possibilidades de produção, utilizando-se de uma didática prática e conceitual. Tendo como meta a discussão de uma temática social através da confecção de um documentário a ser realizado por uma equipe de cinema formada pelos jovens oficinandos que participarão do curso-oficina.

Responsável: Luis Henrique Mioto
Historiador formado pela Universidade Estadual de Londrina, Mestre em Educação pela mesma instituição, coordenador do grupo de estudos sobre cinema “Ahoramágica” que desenvolve seu trabalho há cinco anos (atualmente o grupo de estudos estabeleceu uma parceria com a Vila Cultural Brasil, onde realiza suas exibições e debates) e cineasta. Já confeccionou quatro curtas metragens e atualmente está desenvolvendo um quinto curta-metragem de roteiro e direção própria. Desde o início de 2009, vem aprofundando seus conhecimentos em oficinas de introdução conceitual do mundo do cinema para estudantes do Ensino Médio e Fundamental, tendo realizado oficinas nas cidades de Londrina, Ibiporã, Rolândia e Dois Vizinhos.

Inscrições abertas.
Investimento: R$ 30,00.


RESUMO DO PROGRAMA:
-O que é cinema; os gêneros cinematográficos; os discursos imagéticos; a captura do real; as vanguardas cinematográficas; a importância política e sensibilizadora do cinema; discussão conceitual da temática do documentário: fotografia; filtros; movimentação da câmera; transições; criação de seqüencias; captação de áudio; iluminação; cenografia; diferentes funções numa equipe cinematográfica; estrutura de um roteiro; formação da equipe de filmagem; noções básicas de edição de vídeo: formatos de vídeo; conversores; cortes transições; trilha sonora; noção básica do programa de edição Windows Movie Maker.
-Estruturação de roteiro e filmagens.
-A edição fica sob responsabilidade do oficinando.
-A estréia do documentário ocorrerá no espaço da Vila Cultural Brasil, na sessão do grupo de estudos do cineclube Ahoramágica.

CARGA HORÁRIA:
Encontros diários de 4 horas, totalizando 20 horas de oficina. Das 14:30 as 17:30.

RECURSOS DIDÁTICOS:
Material trazido pelos oficineiros:
Aulas expositivas e práticas; Vídeos didáticos; DVDs de filmes; Câmera fotográfica digital; Câmera de Vídeo Digital (Canon HG10); Tripé de câmera; Equipamentos de iluminação (lâmpadas, spots, pedestais, fios); Microfones.

Material exigido do oficinando:
Caderno para anotação e caneta.


MAIS INFORMAÇÕES:
Vila Cultural Brasil: (43) 3324-8056 begin_of_the_skype_highlighting              (43) 3324-8056      end_of_the_skype_highlighting
Luis Henrique Mioto: (43) 8413-6960 / luismioto@yahoo.com.br