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terça-feira, 24 de agosto de 2010

Divagações 22.08.2010

Estranhar a morte

Logo após assistir o filme “Ponette”, fui tomar um vento e respirar um pouco depois daquilo tudo que ouvi e visualizei naquela tela, na saída o Sr. Paulo, que mora dentro de um carro estacionado perto do local onde assistíamos o filme, dirigiu-me a palavra e pediu um pedaço de papel para enrolar o seu fumo - “paiero”. Fui procurar, o pedaço de papel, achei e o entreguei a ele.

Derrepente, assim que entreguei o papel ao Sr. Paulo, ele começou a contar que ele era um assassino e que matou um pessoa, mas foi preso em flagrante, ficou 10 e 4 meses preso e agora estava ali diante de mim. O mais surpreendente foi que ele me contou os detalhes do assassinato, contou o porquê, como fez e o executou.

Diante da morte em seus mais diversos aspectos numa tarde de Domingo, entre tantos acontecimentos, a morte sempre é um assunto sedutor, tanto no filme “Ponette” como também na história o Sr. Paulo, um andarilho que foi um assassino, ela nos aparece como mistério e as vezes como horror. Contudo, lembrando da morte, também lembramos da vida e seus belos horrores.

Diante da ilusão de um mundo imaginário
Fomos corrompidos na ilusão de tantos conceitos
Que até nos tornamos derivações
De um bizarro mundo insensível
Onde nascem e são assassinadas diariamente
Milhões almas

Divagações Sem Lógica 22/08/010 Domingo anoite

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