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terça-feira, 21 de setembro de 2010

Resposta a caça ao leão

Apesar da sagacidade e poderes do felino Americano, três dos seus caíram, vencidos pela astúcia humana. Quantos ritos, mitos, simbologia, feitiços, canções, rastreamento, consulta aos búzios e as estrelas, técnicas são necessários para se matar um Leão tremendamente mau que gosta de matar os rebanhos? e por onde anda o Leão invisível, agora? Se preparando para o rebote?
A história perambula entre o real e o imaginário, a ciência e a poesia. O documentário etnográfico segue nos caminhos da narrativa poética para descrever a história-fábula dos caçadores Songhay.. que vingam as perdas dos estimados gados dos pastores nômades... Prepara-se o veneno para untar as flechas num longo ritual.. "o veneno da fêmea é mais forte que a do macho", a sentença causa estranhamento. Por que esse sentido ambíguo da mulher, heim? Por ela as vezes ser reimosa, com seus humores glutinosos? Tal sentença é repetida diversas vezes. "Não se pode matar o leão zangado": entoam alguns dizeres para que o filhote de leão debilitado se acalme, ele caiu numa armadilha. Quem irá atirar no leãozinho? Pode-se perder um filho naquele ano. "Uma leoa vomita a própria morte", a cena é forte. O caçador dá tapas na cabeça da fera sem vida, pois é preciso liberar sua alma. O ritual de sacrifício é feito com pedidos de perdão e agradecimento. Em se pensar que matamos uma formiga ou qualquer outro bicho sem cerimônias. A façanha é contada e encenada às crianças que escutam com os olhos arregalados ao som de Gawey-gawey, a canção que encoraja os caçadores de leões, o pequeno violino monocórdio embala o documentário-ficção.

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