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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

todos temos um

Quem está aí?
Que dá crédito ainda ao tempo,
que agora imagina
e se sente só ou completo?
O que mira, quem é?
Estou tentando caguetá-lo.
Do que é feito este por
onde transpassa as substâncias
e que ainda fica,
não corre, não muda, nem se muda?
Que está sempre aparecendo cada
vez mais e com o sorriso
sereno eterno toda vez diz mudo: sempre estive aqui.
O que é este? Que vive em todas camadas
do mundo de uma vez só?
Que reconhecemos quando pulamos na frente
do medo e lhe damos um susto?
Aquele susto de perder o controle
e a desesperadora estagnação do entendido.
Onde esté este que fica quando tudo
o mais vai embora?
Este que estudo o enigma, quem é?
Quando o vir, ele já era você desde o sempre.
Desvendando quais são as missões, se embaraçando nas dúvidas,
adimitindo que tudo é maior.
Carrega sacos de pó mágico em seu sinto,
acumula feitiçarias e palavras
coletadas nas duras caminhadas de sensibilização.
Tomara que sempre use suas poções
para estalar fendas
em amor entupido.

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